terça-feira, 22 de dezembro de 2009

A propaganda entre a fantasia e a realidade


Durante sete anos, um homem acreditou piamente que as mulheres cairiam aos seus pés graças ao desodorante Axe. Mas o efeito devastador da fragrância nas garotas, que se jogam aos pés dos modelos que usam o produto nas propagandas, não se comprovou. Sentindo-se lesado, ele resolveu processar a Unilever, dona da marca, e pedir R$ 65 mil para se recuperar do desgaste de esperar mulheres que nunca chegaram. Esta é a história do indiano Vaibhav Bedi, de 26 anos, que abriu o processo recentemente.

“Os ingênuos existem, mas ele é tão panaca que não merece pegar mulher nenhuma”, diverte-se o publicitário Washington Olivetto. Ainda assim, o tal “efeito Axe” aguardado por Bedi é um exemplo da aura fantasiosa que algumas campanhas publicitárias criam para conquistar o consumidor. E dá certo. Mesmo acostumadas ao bombardeio de propagandas, muita gente se deixa seduzir por suas altas promessas.


De acordo com o código do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), as propagandas podem sim conter um lado fantasioso, já que “a publicidade não se faz apenas com fatos e ideias, mas também com palavras e imagens”. O advogado Josué Rios, especializado em direito do consumidor, confirma. “A fantasia em si não é proibida, mas há uma condição. O telespectador médio tem de ver ali algo engraçado e fantástico.” Caso contrário, segundo ele, a propaganda é passível de reclamação.

Fonte: Adnews

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